São Paulo, domingo, 17 de julho de 1994
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Flanador; Rinosoro; Telma Eu Não Sou Gay; Solidarnösc

BARBARA GANCIA

Flanador
"Sou louco para passar um dia na Redação da Folha, para sentir como você trabalha, sentir de perto o pique que você transmite nas colunas. Aproveito para tirar uma dúvida: mulher gosta mesmo de ser maltratada?"
"F", S.P.

–Caro Efe,
Primeiro: puxa-saco e formiga tem em todo lugar. Segundo: homem gosta de ser maltratado? Devolvo a pergunta, por um motivo simples. Se eu quisesse, poderia maltratá-lo causando sua demissão –por vagabundagem– da American Express. Para tanto, bastaria publicar seu nome completo, uma vez que no cabeçalho do fax que você me transmitiu consta a sigla: "Atendimento a Cliente AmEx".
Rinosoro
"Sofro de rinite aguda e, agora no inverno, fico fungando o tempo todo. Como evitar que inventem por aí que minha alergia é vício colorido?"
Geraldo Anhaia Mello, S.P.

–Caro "videotaker",
Não entendi a pergunta. O que vem a ser vício colorido? Ser fissurado em roxo? Só vestir preto? Em vez de ficar se preocupando com futricos alheios, porque você não consulta um otorrino? Andar por aí fungando feito um porco, seja qual for o motivo, não é das dez coisas mais graciosas do planeta.
Telma Eu Não Sou Gay
"Quando visito minha prima Telma Kury, no Guarujá, ela costuma me apresentar aos amigos dela ora como seu cozinheiro e babá, ora como seu cabeleireiro, ora como seu decorador. Sou professor de desenho e não entendo o porquê da confusão. O que fazer?"
Antonio A. da Silva Neto, São Vicente, SP.

–Ventiladinho,
Não será a brisa marítima que está te deixando, assim, como direi, um tanto fresco? Se você quer que a marota da Telma te apresente aos amigos dela como lutador de sumô ou lenhador, só há uma coisa a fazer. Da próxima vez que for visitá-la, proteja-se dos ventos da Baixada Santista usando um belo casaco de gorotex.
Solidarnösc
"Sou natural de São Leopoldo (RS), tenho 27 anos e estou estudando fisioterapia em Todz. Gostaria de saber como conseguir uma bolsa para prosseguir meus estudos aqui na Polônia."
Cleber Quoss, Todz, Polônia.

–Quoss Vadis, meu amor,
Você esqueceu que aqui no Brasil a coisa anda preta? Não está dando nem para comprar uma pochete na Le Postiche, quanto mais descolar bolsa de estudos na Polônia! Em vez de pedir ajuda a esta morta de fome, por que você não envia uma carta contando seu caso a um polonês influente, como, por exemplo, o inquilino mais ilustre do Vaticano? No envelope, você escreve assim: Papa Karol Wojtila, Vaticano, Roma, Itália.

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