São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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MP com 28,86% foi engavetada

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Itamar Franco quase editou uma medida provisória em junho aumentando em 28,86% os salários do funcionalismo. Ele engavetou a MP graças às pressões do candidato da aliança PSDB-PFL-PT à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, e à ameaça de demissão do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero.
Sob pressões do chefe da SAF (Secretaria de Administração Federal), Romildo Canhim, e dos ministros militares, Itamar quase concedeu o aumento. FHC convenceu Itamar de que o reajuste prejudicaria o plano.
Este mês, a equipe econômica foi surpreendida com a retomada das pressões. No Planalto, o único aliado da equipe foi o ministro Henrique Hargreaves.
O principal argumento de Canhim foi que o presidente passaria para a "história" ao realizar a isonomia salarial.
Na semana passada, em reunião com Itamar, o Secretário de Orçamento e Finanças, Edney Resende Moura, contestou a equipe econômica, que alegava falta de verbas para o reajuste. Moura, que foi indicado pelo ministro do Exército, disse ao presidente que havia uma folga de US$ 3 bilhões.
(SM)

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