São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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IPC da Fipe sobe para 5,76%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O impacto dos reajustes de preços das últimas semanas de junho foi maior do que o esperado até mesmo pelos técnicos dos institutos de pesquisa.
É o que mostram os dados de inflação da segunda quadrissemana de julho divulgados ontem pela Fipe. A taxa subiu para 5,76%, acima dos 5,2% da primeira quadrissemana.
A segunda quadrissemana de julho comparou preços médios das últimas quatro semanas (as duas primeiras semanas de julho, em reais, mais as duas últimas de junho, em cruzeiros reais convertidos em URV), com as quatro imediatamente anteriores (todas com preços em cruzeiros reais convertidos em URV).
Juarez Rizzieri, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, esperava que os 5,2% do início do mês fossem o maior patamar a ser registrado em julho.
Com a aceleração da segunda quadrissemana, a previsão para julho, que era de 3% a 5%, sobe para 5%, diz Rizzieri. Esta taxa, ressalta, está contaminada pelos efeitos da URV.
A inflação apenas em real deve fechar o mês entre 1,5% a 2% no conceito ponta a ponta, afirma Rizzieri. Ou seja, comparados os preços do final de julho com os do início do mês.
A tendência da inflação é de queda. O economista da Fipe prevê para agosto também uma taxa próxima a 1,5%..
As maiores pressões na taxa da segunda quadrissemana vieram dos alimentos, devido às altas de hortaliças e café provocadas pelas geadas.
Os alimentos ficaram, em média, 8,46% mais caros para os paulistanos.
Outro setor que teve forte pressão é o de serviços. Os serviços médicos subiram 7,8% na segunda quadrissemana, enquanto os serviços pessoais (alfaiate, cabelereiro, tintureiro etc.) ficaram 15,99% mais caros, segundo a pesquisa da Fipe.
Nas próximas semanas, as únicas tendências de alta ficam para serviços e aluguel, prevê Rizzieri.

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