São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 1994
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Cardápios oferecem orgia gastronômica

SIMONE GALIB
DA REPORTAGEM LOCAL

Sete endereços de São Paulo se conjugam em um roteiro perfeito para se cometer, sem culpa, os sete pecados da gula.
Esqueça os conflitos com a balança (é impossível não abusar), relaxe (os ambientes são ideais para isso) e, de quebra, aproveite a tradição britânica em alguns dos melhores recantos paulistanos (veja quadro à pág. 6-18).
O "tour" do chá oferece, por exemplo, a vista panorâmica mais famosa da cidade. Basta subir ao 41º andar do edifício Itália para saborear tortas, canapés, sanduíches frios e quentes com São Paulo aos seus pés. O chá completo do Terraço Itália é servido diariamente.
Intercale chá com cultura. O endereço é a Fundação Maria Luíza e Oscar Americano, próxima ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona sul da cidade).
No parque de 75 mil m2, onde residiu o engenheiro Oscar Americano, funciona um museu com alguns clássicos brasileiros e uma aconchegante e simpática casa de chá com 27 lugares.
No cardápio do chá completo, que pode também ser acompanhado por limonada, constam pães, torradas, salgados, doces, bolos, leite, manteiga, geléia e mel.
A partir de agosto estão programados concertos, às 16h, no auditório da fundação, com entrada gratuita. O museu funciona de terça a sexta das 11h às 17h e aos sábados e domingos das 10h às 17h (mesmo horário da casa de chá).
Chás cinco estrelas a cidade também tem. O restaurante Mandalun, no hotel Caesar Park, mescla o menu comum (pães, doces, mel e geléias) com "mezzés", tradicionais entradas da cozinha libanesa ("hommus", coalhada natural e coalhada seca com nozes, "babaganuch" e tomate picante).
Entre os salgados, não faltam miniquibes fritos e esfihas. Os doces árabes também estão presentes. Tudo é acompanhado por chás nacionais de ervas, café, leite ou chocolate. Os chás importados são cobrados à parte –R$ 6 o bule. Vale uma refeição.
A Brasserie Belavista, o restaurante 24 horas do Maksoud Plaza, também reserva parte do seu dia para um ritual britânico, o chá da tarde, com um bufê repleto de canapés, salgadinhos, pães dinamarqueses de canela e açúcar, grande variedade de chás nacionais e mais de 50 importados.
Na brasserie, que funciona no lobby do hotel, há ainda sanduíches de agrião, cenoura ralada ou pepino com aliche, além de frios e queijos variados. Tudo isso ao som de um quarteto de cordas.
Se quiser continuar nos Jardins, além do recém-inaugurado Salão de Chá da Godiva, há outro endereço bastante tradicional: a Casa Europa, que diariamente reserva um espaço para o chá da tarde, sempre das 16h30 às 21h.
Chá com exotismo oriental e até dança do ventre? A cidade também oferece. O endereço é a Khan el Khalili, uma casa na Vila Mariana (zona sul) que comporta até 300 pessoas, completa 12 anos e está sempre presente nos guias turísticos de São Paulo.
Ali, o ritual da tarde se estende até a noite em ambientes distintos: há salas tradicionais, com poltronas e mesas altas; e outras com mesas baixas e almofadões no estilo oriental. As bailarinas de dança do ventre fazem de três a quatro apresentações por sala e por noite.
O cardápio vem com três opções. Há o chá completo (menu tradicional, com pães, doces e salgados); o pão, queijo e vinho (cesta de pães, cinco tipos de patês, três de queijo e vinho, que pode ser nacional ou importado) e o "khalili", sorvetes, acompanhados de quindins, licor, salada de frutas e salgados.

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