São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994 |
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Novos esquemas marcam duelo dos técnicos
MÁRIO MOREIRA; WILSON BALDINI JR.
Telê pode alterar por duas vezes o esquema tático da sua equipe. Enquanto ele acompanhava a Copa, o auxiliar-técnico Muricy Ramalho preparou o São Paulo para atuar de três formas diferentes. "O grupo está preparado para modificar o sistema a qualquer instante", afirmou Muricy. "Não temos nenhuma modificação especial", disse o técnico Telê Santana, que optou por atuar no sistema 3-5-2 (três jogadores na defesa, cinco no meio-campo e dois no ataque). Válber será o líbero (jogador sem posicionamento fixo) e atuará no centro do campo, inicialmente ao lado dos zagueiros Gilmar e Júnior Baiano. Quando a posse de bola for são-paulina, Válber terá a liberdade para se projetar ao ataque, sempre pelo centro, onde será o "fator surpresa" da equipe. Telê deve iniciar o jogo com apenas um volante: Axel. Mas outro volante, Doriva, pode entrar e dar maior proteção à defesa, caso o placar seja favorável. Dependendo do esquema apresentado pelo Palmeiras, o treinador do São Paulo pode atuar com apenas dois zagueiros (como aconteceu na primeira partida). "Tudo vai depender do andamento do jogo. Não podemos fazer previsões", despista Telê. No Palmeiras, a principal preocupação de Wanderley Luxemburgo é a readaptação do time ao esquema utilizado no ano passado, ocasionada pela venda de Rincón para o Napoli, da Itália. Como em 93, Evair ficará um pouco mais recuado do que no Campeonato Paulista deste ano, preenchendo o espaço entre o meio-campo e o ataque. Suas funções são semelhantes às que Rincón exercia: executar passes para Edmundo e Edílson e auxiliar na marcação. "Dentre os jogadores que tenho, o Evair é o que melhor cumpre esse papel, apesar de a equipe ficar mais vulnerável do que era", explicou Luxemburgo. O técnico palmeirense reiterou que Edmundo e Edílson ainda necessitam melhorar no auxílio ao meio-campo. "Eles precisam ter um pouco mais de responsabilidade com a equipe, ajudando na marcação e facilitando a vida dos que jogam mais atrás", disse o treinador. "O problema é que tem hora em que não dá para marcar", afirmou Edílson. "Se ficar marcando o tempo todo, não terei fôlego para puxar os contra-ataques." Segundo o jogador, a orientação para a partida de hoje é a de não pressionar a saída de bola dos zagueiros são-paulinos, marcando apenas na intermediária. O centroavante Evair declarou que o retorno ao esquema do ano passado representa a volta à posição em que começou no futebol. "Vou marcar menos gols do que antes. Espero que não me cobrem por isso", disse o artilheiro do Paulista deste ano, com 23 gols. (MMo e WBJr.) Texto Anterior: A seleção do tetra reflete imagem do país Próximo Texto: Edmundo volta 'mais esperto' Índice |
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