São Paulo, domingo, 24 de julho de 1994
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Líder defende a renovação

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Apontado pelo próprio John Smith como seu mais provável sucessor, Tony Blair só não esperava ter que assumir o mais difícil posto da oposição britânica aos 41 anos.
Antes mesmo de derrotar quatro rivais na disputa pela liderança trabalhista, Blair acreditava na vitória devido ao apoio da metade da bancada trabalhista e da maioria esmagadora de seus colegas no gabinete "sombra", o governo da oposição.
Filho de um conservador, Blair, que trocou a advocacia há pouco mais de dez anos pela carreira política, é a principal voz da modernização do partido Trabalhista.
Quem o conheceu na Universidade de Oxford não podia imaginar que ele um dia pudesse flertar com o mais alto posto da política britânica.
Em Oxford, em vez de se filiar à ala esquerda do movimento estudantil, Blair preferiu ser um sósia do Rolling Stone Mick Jagger na banda de rock chamada "Ugly Rumours" (Rumores Horrorosos).
Blair só entrou para o partido em 1976. Agora, principal modernizador dos trabalhistas, Blair acredita que, após 15 anos na oposição a volta dos trabalhistas ao poder nas próximas eleições gerais depende do partido "vender" aos eleitores uma forma diferente de socialismo.
Defensor da economia de mercado, o seu projeto de um socialismo moderno é baseado na noção de que a eficiência econômica e a justiça social andam de mãos dadas.
Blair é tido como traidor pela ala esquerdista do partido. A imprensa sensacionalista o chama de "Bambi".
(ACS)

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