São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994 |
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Psicólogo mata calouro em universidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O psicólogo Ricardo de Brito Rocha, 40, invadiu ontem à tarde a Faculdade de Música da UnB (Universidade de Brasília) e disparou quatro tiros contra os estudantes Milton dos Santos Júnior, 19, e João Rochael Alcântara, 36. Milton teve morte cerebral.Ambos foram internados no Hospital de Base de Brasília. A morte cerebral foi constatada às 22h30 de ontem. Milton foi atingido por uma bala no olho direito. A filha de Rocha, Ariana, 20, havia discutido com Rochael, que continua em estado grave. Ele recebeu disparos no pescoço, clavícula e abdômen. O crime aconteceu por volta das 14h. De acordo com testemunhas, Rocha teria chegado ao campus da UnB acompanhado por Ariana. Era dia de matrícula na faculdade. Pai e filha, ao entrar no prédio, teriam cruzado com Rochael. O rapaz teria se dirigido a Ariana de forma grosseira. Há um ano, Rochael e Ariana brigavam pela presidência do Centro Acadêmico da faculdade. Indignado com a forma com que Rochael falou com sua filha, Rocha iniciou uma discussão. Os dois teriam se xingado e trocado empurrões. A briga parecia ter terminado ali. Meia hora depois, Rocha teria voltado à faculdade. Ao chegar, viu Rochael e disparou três tiros. Ferido, Rochael conseguiu chegar até uma sala onde os calouros se matriculavam. Rocha seguiu o estudante, invadiu a sala e disparou vários tiros. Um deles atingiu Milton dos Santos Júnior, que estava sentado em uma das cadeiras preenchendo a ficha de matrícula. As cerca de 30 pessoas que estavam na sala esconderam-se embaixo das mesas. A segurança da UnB foi chamada, mas não conseguiu alcançar Rocha, que já havia fugido. Até as 23h de ontem, a Polícia Civil ainda não tinha capturado o pai de Ariana. Rocha fugiu em uma lambreta Vespa, vermelha, que ele abandonou a 600 metros da UnB. Ariana presta hoje depoimento na 2ª DP (Delegacia Policial), onde o caso foi registrado. Texto Anterior: CV chegou a São Paulo em 90, diz polícia Próximo Texto: PF vai apurar violação aos direitos humanos Índice |
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