São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994
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Norte do país tem vinhedos e parques preservados

ANDRÉA BARBOSA DE LIMA
DA AGÊNCIA FOLHA

Se no sul o terreno é arenoso e o clima seco, no norte de Israel a umidade se eleva e da terra brota uma vegetação densa, com pastagens e imensas plantações de trigo e algodão.
O prenúncio da curta primavera, em abril, é o desabrochar de milhares de "calaniot" (flores semelhantes às tulipas, em geral vermelhas e amarelas).
Nas laterais das estradas que cortam o país, os campos enchem de cores o horizonte.
A rodovia que liga Tel Aviv a Haifa percorre um longo trecho pela orla do Mediterrâneo até Cesaréia, cidade-forte em ruínas, à beira-mar.
Em direção ao interior, à direita, o Israel "Hemek" (vale) abriga os tradicionais vinhedos e cultivos em desnível, na rota Tel Aviv-Jerusalém.
Já nos arredores de Haifa, um tapete verde se deleita nas encostas que encobrem a bucólica cidade marítima. Mais parece o Rio na década de 30, sem bonde, mas com muita bossa.
Parada obrigatória aos que viajam pelo norte israelense é almoçar ou se hospedar num kibutz-albergue, comunidade agrícola que oferece refeição e acomodação por preços bem razoáveis.
Inevitável ainda deve ser uma esticada até Rosh Hanikrá, à beira do Mediterrâneo, na fronteira com o Líbano.
Cavernas em rochedos escondem cursos de água cristalinas.
Se o calor se manifestar em excesso, algumas boas dicas podem ser um piquenique ou um banho de sol no lago Kinneret, em Tibérias, onde Jesus caminhou sobre as águas, ou ainda passar o dia no parque Ramat Gadera, com seus tanques com crocodilos e suas piscinas de águas sulforosas.
As reservas naturais do norte sempre sugerem bons passeios. Com trilhas, cachoeiras e áreas de lazer, além de pássaros, animais e flores silvestres, uma grande variedade de parques sob a tutela da Knesset (Parlamento) garante a preservação das espécies.
A reserva de Nahal Ayoun, ao leste de Metula, abriga no interior da mata quatro quedas-d'água. Já Nahal Hermon, mais conhecida como Banias, a nordeste da Galiléia, mantém a tradição do período das Cruzadas.
Huleh, Gamla e Ein Afeq também guardam ruínas e uma flora abundante.
Os israelenses criaram o bordão "visite-as antes que sejam devolvidas" –em referência às exigências sírias de devolução das colinas do Golã, que circundam a região.
Todas as festas do calendário judaico, que se orienta pelas fases da Lua, remetem às estações do ano.
As celebrações são repletas de símbolos: Sucot comemora o tempo das colheitas, enquanto o Pessach (a Páscoa Judaica) marca o fim da escravidão no Egito.

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