São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 1994 |
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Verão também agita as pistas do Colorado
MARCELO CALLIARI
Os picos mais altos, ainda cobertos de neve por boa parte do tempo, contrastam com o verde da vegetação que se espalha pelos vales e encostas, com as cores das flores silvestres, com os lagos, criando paisagens de cartão-postal. Longe de reduzir-se apenas a um cenário idílico, porém, a temporada de junho a setembro no coração do Colorado tem como sua grande atração a imensa variedade de atividades. Com preços mais em conta que no inverno, sofisticados centros de esqui como Aspen, Vail e Keystone/Breckenridge vêm seduzindo cada vez mais visitantes depois que o frio se vai. O clima seco de altitude e as temperaturas por volta dos 25oC constituem ainda mais um atrativo. Para os esportivos, a região oferece desde caminhadas, passeios a cavalo, de lhama e de balão até modalidades mais radicais como alpinismo, "rafting" nas corredeiras ou "paraglider". As pistas de esqui transformam-se em pistas para "mountain bike" –Vail vai sediar o campeonato mundial da modalidade este ano. O lago Dillon, perto de Keystone, tem uma marina e permite que se veleje em meio a montanhas nevadas a 3.000 metros de altitude. Quem tiver espírito aventureiro pode também acampar nos parques nacionais e reservas ecológicas. Não se assuste se topar com um alce pelo caminho, e há folhetos explicativos sobre o comportamento adequado no caso de encontros inesperados com ursos. O verão facilita a visita a cidades-fantasma, abandonadas depois do fim da corrida do ouro e a minas de prata ainda em funcionamento. Ao mesmo tempo, é no verão que as montanhas se agitam com uma série de festivais, da música clássica ao jazz, gastronomia a dança (incluindo, por exemplo, o Ballet Bolshoi da Rússia). Já a infra-estrutra de hotéis, comércio e restaurantes é a mesma que fez a fama de Aspen, Vail e Keystone/Breckenridge no inverno. As lojas incluem desde as descoladas Gap e Banana Republic até marcas tradicionais como Polo Ralph Loren. Há vários restaurantes, da histórica Red Onion, centenária lanchonete de Aspen, a outros multiestrelados –como o Alpenglow Stube, de Keystone, ao qual se chega só de bondinho. Uma curiosidade é que boa parte da população fixa veio de outras partes dos EUA, em geral pessoas na faixa de 18 a 30 anos em busca de melhor qualidade de vida ou então para passar algumas temporadas treinando esqui ou ciclismo. O afluxo é de tal ordem que hoje a maioria dos funcionários da indústria de serviços, de garçons a motoristas e porteiros de hotel, possui diploma universitário. Aspen, Vail e Keystone têm ainda pacotes com preços bastante reduzidos, além de programas para crianças. Ainda mais uma razão para descobrir o que há por baixo da neve no Colorado. LEIA MAIS Sobre o Colorado nas págs. 6-7 a 6-10. Texto Anterior: Woodstock quer reviver os dias de glória Próximo Texto: Atividades culturais movimentam Aspen, a mais sofisticada estação Índice |
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