São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mercado espera nova queda dos juros hoje
RODNEY VERGILI
As dificuldades financeiras do grupo Hércules –que teve o banco, corretora e distribuidora liquidados extrajudicialmente pelo Banco Central (BC) ontem– já eram conhecidas do mercado. O efeito negativo da liquidação das instituições foi neutralizado pelo impacto positivo da criação da linha de liquidez do BC e das pesquisas eleitorais. O presidente da Bolsa de Valores do Rio, Carlos Alberto Reis, diz que nunca foi vista crise de liquidez semelhante no mercado, mas que a política monetária restritiva é um remédio amargo para se alcançar a estabilização econômica e baixos índices de inflação. O melhor desempenho de Fernando Henrique na pesquisa Datafolha repercutiu de forma favorável no mercado acionário ontem. O índice da Bolsa paulista subiu 2,5% e o índice Senn (Rio) teve alta de 1,9%. As maiores altas ontem no mercado paulista foram de empresas elétricas e de telecomunicações: Cesp PN (+9,8%); Telepar PN (+8,6%), Telesp ON (+8,1%) e Telesp PN (+7,7%). Os índices das Bolsas de Valores do Rio e de São Paulo acumulam altas de 17% este mês. Isso resultou do apoio dos investidores nacionais ao plano econômico do governo, diz. Reis observa, no entanto, que os investidores estrangeiros estão afastados do mercado acionário este mês. O Banco Central deixou livre o mercado cambial e as cotações do dólar caíram. Os investidores evitam trazer dinheiro novo, aguardando o gradual aumento nas cotações do dólar. A proximidade das eleições ajuda também a segurar a entrada do dinheiro dos investidores externos. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 017% no último dia 26. Segundo a Andima, a taxa média do over foi de 7,34% ao mês, significando rendimento diário de 0,24%, projetando rentabilidade de 6,91% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 6,33% ao mês, contra 7,38% ao mês no dia anterior. CDB e caderneta As cadernetas rendem 9,8758% no dia 28. As taxas dos CDBs de 123 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 11% e 19% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 32 dias variaram entre 21% e 51% ao ano. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,72% ao mês, contra 7,68% ao mês no dia anterior. Para 32 dias (capital de giro): variando entre 51% e 58% ao ano. No exterior Prime rate: 7,25%. Libor: 5,2500%. AÇÕES Bolsas São Paulo: o índice fechou a 42.553 pontos com alta de 2,5% e volume financeiro de R$ 220,5 milhões, contra R$ 181,1 milhões no pregão anterior. Rio: valorização de 1,9% (I-Senn), fechando com 16.397 pontos e volume financeiro de R$ 37,54 milhões, contra R$ 18,4 milhões no pregão anterior. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.730,83 pontos, contra 3.720,47 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.401,40 pontos, contra 2.398,20 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.247,85 pontos, contra 20.137,44 pontos no pregão anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,938 (compra) e R$ 0,940 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,934 (compra) e R$ 0,936 (venda). "Black": R$ 0,91 (compra) e R$ 0,93 (venda). "Black" cabo: R$ 0,92 (compra) e R$ 0,93 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,89 (compra) e R$ 0,93 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,17%, fechando a R$ 11,53 o grama na BM&F, movimentando 2,02 tonelada, contra 1,93 tonelada no dia anterior. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada ontem a US$ 1,5340, contra US$ 1,5300 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5820 marco alemão, contra 1,5768 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,44 ienes, contra 98,03 no dia anterior. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 384,80, contra US$ 387,60 no dia anterior. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou em 6,69% ao mês, de 3,74% para agosto e 3,17% para setembro. No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,942 para 29 de julho, R$ 0,962 para 31 de agosto, R$ 0,978 para 30 de setembro e R$ 0,989 para 31 de outubro e R$ 1,001 para 30 de novembro. O índice Bovespa futuro fechou a 43.500 pontos com expectativa de valorização de 3,36% ao mês. Texto Anterior: Comércio tem a obrigação de aceitar cruzeiro Próximo Texto: O VAIVÉM DAS COMMODITIES Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |