São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994
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Banco estadual tem nova folga de liquidez

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central flexibilizou ontem as regras de recolhimento compulsório de recursos para os bancos estaduais, para dar uma folga de liquidez a estas instituições.
Os bancos estaduais foram autorizados a recolher o compulsório sobre depósitos judiciais, que é de 100% sobre o total dos recursos, na forma de títulos do seu Estado.
Antes, só eram aceitos títulos estaduais registrados no Selic (Serviço Especial de Liquidação e Custódia de Títulos Públicos), administrado pela associação dos bancos que operam em mercado aberto).
Depósitos judiciais são pagamentos de impostos ou taxas contestados na Justiça.
As empresas devedoras depositam o dinheiro em bancos enquanto os tribunais não definem se a cobrança é justa.
Taxas altas
Com a medida, os bancos estaduais podem remeter seus títulos ao Banco Central, ficando desobrigados de negociá-los no mercado.
Os demais bancos costumam cobrar taxas mais altas para adquirir papéis estaduais.
Esta é a segunda medida favorável aos bancos estaduais adotada com o Plano Real.
A primeira foi a troca de parte dos títulos estaduais por títulos federais, facilitando os negócios dos bancos no mercado.
O Banco Central evita falar, oficialmente, sobre eventuais problemas financeiros de bancos estaduais.
"Ao que me parece, eles não têm apresentado problemas", disse ontem o diretor de fiscalização, Édson Sabino.
Na semana passada, a diretoria do Banco Central se reuniu com os presidentes de bancos estaduais.
Relaxamento
Foi pedido o relaxamento nas exigências de recolhimento compulsório pelo Banco Central, inclusive sobre recursos de contas correntes.

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