São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994 |
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Herchcovitch promove o verão sombrio
EVA JOORY
Com uma trilha sonora sombria, Herchcovitch colocou na passarela modelos sem maquiagem, com cabelos desgrenhados. Alguns momentos mais densos, com modelos entrando um a um na passarela, as vezes até em silêncio. Herchcovitch, que elege o preto como a cor do verão, misturou tecidos tipo brechó –um clássico seu– e trouxe novas experimentações. Numa delas, bordou tecidos camuflados com paetês, num efeito glamuroso. Em outra, ressuscitou o índigo azul marinho. Usou látex, transparências, tecidos como lycra cintilante, couro elástico e cetim de seda. Logo no início o preto já tomava conta da passarela em longos vestidos presos com tiras de metal e de strass. Em malha de crepe, com um caimento perfeito, alguns traziam ao redor da bainha esqueletos em branco -é a caveira a marca registrada do estilista. Ao lado de flores rosas, esta serviu de estampa para uma calça de camurça preta. Nas camisetas, duas novidades: uma estampa com a imagem de uma pomba gira e uma caveira bordada em strass. Acertado foi o uso de tecido tipo brechó em conjuntos de calças com blusas justas em tecido brocado com fios metalizados. Um dos corselets, item que o estilista retoma a cada coleção, veio amarrado na frente. Outra característica do trabalho de Herchcovitch -as pences- chegaram ao extremo de sua utilidade unindo golas com mangas num efeito surpreendente. As blusas têm corte justo e o abotoamento é feito por colchetes propositadamente esticados, deixando partes do corpo à mostra. A cor teve bons momentos durante o desfile, numa série de blazers em cetim de seda stretch, de cores vibrantes, que ressaltavam as dobras dos cotovelos e dos joelhos, como uma roupa que se tira do corpo. Texto Anterior: Novela evita discutir invasão de terras Próximo Texto: Ribeiro ganha na simplicidade Índice |
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