São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994
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Marie Rucki faz balanço dos desfiles

EVA JOORY; GUTO BARRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A estilista francesa Marie Rucki, diretora do Studio Berçot em Paris, acompanhou de perto os nove desfiles do Phytoervas Fashion. Seu veredito foi positivo para a moda brasileira: "Em geral achei tudo muito vivo e dinâmico. Os desfiles deram provas de vitalidade e energia, dois princípios fundamentais na moda".
Mas Rucki só se encantou mesmo com dois desfiles; o da Coopa-Roca -Associação das artesãs da Rocinha- e com a marca Special K, de Li Camargo e Marcelo Quadros: "No caso da Coopa-Roca, as artesãs não podem se dar o luxo de fazer concessões. Por isso achei-as de uma espontaneidade tocante. No caso das lingeries do Special K, foi uma escolha simples, mas agradável".
A estilista acredita que os estilistas brasileiros fazem de suas coleções um compêndio de album de viagem. "Isto às vezes é bom, mas faltou a eles mostrar personalidade. A intenção não ficou clara e se aproximou de um espírito de fashion victim. Não choca mais ver travestis nas passarelas, nem as tendências clubber de Nova York. O que encanta é a perfeição".
Mas ela reconhece que não tem uma visão tão exata da moda brasileira: "Gostaria de poder observar melhor as pessoas nas ruas. O que há de melhor no país são as cores".
(Eva Joory e Guto Barra)

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