São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 1994
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Israel vai perseguir terroristas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo de Israel condenou ontem os ataques contra judeus e israelenses nos últimos 11 dias (leia texto nesta página) e declarou que vai "ajudar a capturar os criminosos e puni-los".
O ministro Binyamin Ben-Eliezer (Habitação) disse que os radicais do Hizbollah e do Hamas "não devem pensar que Israel vai ficar sentado e quieto".
Após ataques contra israelenses, Israel costuma atacar posições do Hizbollah no sul do Líbano e perseguir membros do Hamas na faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Ontem, centenas de libaneses fugiram para o norte do país com medo de um possível ataque.
O chanceler Shimon Peres disse que Israel não tem "nenhuma dúvida" de que o Irã está por trás das bombas. O secretário de Estado Warren Christopher (EUA) criticou os países que evitam relacionar o Irã aos ataques na Argentina, Panamá e Reino Unido.
A rádio estatal iraniana afirmou que foram os próprios israelenses que colocaram as bombas. O objetivo seria estimular uma onda antiislâmica no Ocidente.
Em Beirute, um até agora desconhecido grupo Resistência Palestina-Grupo de Jaffa Palestina reivindicou os dois atentados em Londres. Jaffa é uma cidade próxima a Tel Aviv, em Israel.
O governo israelense instruiu o Mossad (serviço secreto) a tomar as medidas necessárias para proteger as comunidades judaicas de ataques terroristas.
Ontem foi reforçada a segurança de representações diplomáticas israelenses e sedes de instituições judaicas em diversos países. Muitas receberam ameaças de bomba.
Antes de partir para Chipre –onde foi protegido por um grande esquema de segurança–, o chanceler Peres instruiu os diplomatas de Israel na Europa a adotarem "alerta máximo".
Um informante do FBI (polícia federal americana) disse que o Consulado de Israel em Nova York e a Embaixada em Washington seriam vítimas de atentados.
A polícia nova-iorquina colocou barreiras contra carros-bombas diante do consulado e da Missão de Israel na ONU.
A segurança foi reforçada nos escritórios do Ministério da Defesa, de Turismo, e de Desenvolvimento Econômico de Israel e nas sedes de diversas organizações judaicas na cidade.
Em Los Angeles, o esquadrão antibombas foi chamado para revistar um carro estacionado próximo ao Consulado de Israel. Não foram encontrados explosivos.
Ameaças de bombas levaram à evacuação da Embaixada de Israel e do Instituto Hebraico de Santiago (Chile). A polícia não encontrou explosivos nos locais.

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