São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994 |
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Senador diz que aceitou 'missão' por imposição DENISE MADUEÑO DENISE MADUENO
Maciel disse que foi convencido de que era o único "com disponibilidade" para assumir a candidatura. Ontem, por ocasião de sua apresentação oficial, a cúpula do PFL deu uma demonstração de união e apoio ao candidato. Além do presidente do partido, Jorge Bornhausen, estavam o presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), o líder do partido na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), o governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, o senador Júlio Campos (MT) e o deputado Gustavo Krause (PE). A seguir os principais trechos da entrevista de Maciel: Folha – O senhor foi líder do governo Collor no Senado e pertenceu à Arena apoiando os governos militares. Isso vai pesar na campanha? Marco Maciel – Eu me orgulho de meu passado e portanto nada me constrange. Em todo processo político eu tive uma certa coerência de conduta e sempre busquei a melhor forma de servir o país. Em sucessivas oportunidades dei minha contribuição para a reinstauração democrática do país. Sou um dos quatro subescritores da Aliança Democrática que fez o compromisso com a nação para que o país voltasse à democracia plena. Folha – O sr. não teme que a chapa seja identificada como de direita? Maciel – O fato é sagrado e o comentário é livre. Eu acho que aí estão os fatos e, como disse, não tenho nenhum receio de meu passado. Uma vida digna, consequente e coerente servindo o meu país. Folha – O sr. havia declarado que não seria o candidato a vice. Por que aceitou agora? Maciel – Aceitei a missão como imposição partidária. Não só do PFL como dos outros partidos da coligação (PSDB e PTB). Política a gente sempre vive sob o império das circunstâncias e a gente não pode decidir diferente da moldura do tempo. Em vezes anteriores declinei a escolha. Sempre procurei servir e nunca procurei ser vice. Folha – O que o convenceu a se candidatar? Maciel – O Luís Eduardo (líder do PFL na Câmara) me mostrou que eu era a única pessoa que estaria com disponibilidade no momento. Ele é candidato à reeleição, Krause a governador de Pernambuco e que eu não poderia deixar de atender a convocação. Eu sou homem de partido. Texto Anterior: FHC lembra plebiscito de 93 Próximo Texto: Maciel é poder há 30 anos Índice |
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