São Paulo, quinta-feira, 4 de agosto de 1994
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Lucro das empresas cresce 300%

DA SUCURSAL DO RIO

As 500 maiores empresas não-financeiras do país apresentaram lucro 300% maior no ano passado em relação a 1992, segundo divulgou ontem a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O setor industrial foi o que apresentou maior lucro, de 550%. As indústrias pesquisadas passaram de um prejuízo médio em 1992 de US$ 200 milhões para um lucro de US$ 1,1 bilhão em 1993, segundo José Francisco Filho, chefe do CEE (Centro de Estudos de Empresas) do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV.
Os principais motivos dos resultados positivos são o crescimento da margem bruta de lucro, a redução do custo financeiro –principalmente de curto prazo– e a relação entre os custos operacionais e o faturamento.
O grau de endividamento das empresas caiu do índice 0,54 em 1992 para 0,47 em 1993. Isto significa que para cada US$ 1 de recursos próprios, uma empresa deve outros US$ 0,47 a terceiros.
A margem bruta de lucro, considerada por Francisco Filho a melhor medida dos resultados operacionais da empresa, subiu de 38,9% em 92 para 40,4% em 93.
Segundo Francisco Filho, no primeiro trimestre de 1994 a margem bruta chegou a 42%, mesmo nível de 1989. A margem bruta é o que sobra do faturamento após dedução dos impostos, obrigações sociais e custo da produção.
As cinco empresas que tiveram mais lucro em 1993, segundo a FGV, foram a Telebrás (US$ 1,5 bilhão), Petrobrás (US$ 672 milhões), Telesp (US$ 505 milhões), Eletrobrás (US$ 486 milhões) e Embratel (US$ 386 milhões).
Os cinco maiores prejuízos do ano foram da Rede Ferroviária Federal (US$ 1,1 bilhão), Eletropaulo (US$ 718 milhões), Cesp (US$ 624 milhões).
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sobre a pesquisa da FGV à pág. 2-3

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