São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994
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Construção civil pede aumento

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma manifestação com cerca de 700 pessoas paralisou ontem a rua Dona Veridiana, centro de São Paulo, no quarteirão em frente à sede do Sinduscon (sindicato da indústria da construção civil).
O protesto foi organizado pela Federação dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário do Estado de São Paulo, que não é filiada a nenhuma central sindical.
"Como nas três últimas negociações o Sinduscon não fez proposta concreta de reajuste, queríamos sensibilizar os patrões sobre a necessidade de aumentar nossos salários", disse Alfredo Marcos da Silva, secretário-geral da federação.
Pelo acordo do setor fechado em março, logo após a implantação da URV, cerca de 700 mil trabalhadores do setor da construção civil do Estado receberam 19,22% sobre os salários já convertidos.
O aumento, considerado um dos melhores obtidos em março, foi repassado aos contratos.
O Sinduscon se comprometeu, naquela época, a voltar a negociar perdas de planos anteriores em julho.
A data-base da categoria é em 1º de maio. Pelo acordo de março, não haveria reajuste na data-base.
Ontem, em negociação, os trabalhadores pediam 36,22% de reposição das perdas entre 81 e 93 e mais 11%, correspondente à variação da cesta básica Procon/Dieese acima da URV de março a junho.
A disposição do Sinduscon ao entrar na negociação era discutir as perdas dos planos passados e pagá-las de forma parcelada em setembro próximo e janeiro de 95.
Já a reposição das perdas do Plano Real seria difícil, no entender da indústria, visto que a medida provisória do real impede seu repasse aos contratos.

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