São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994
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Estudante é baleado em frente a boate

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante Gabriel Santos de Azevedo, 15, foi baleado anteontem, às 22h, na rua Franz Schubert, no Jardim Paulistano (zona oeste de São Paulo), em frente à boate Limelight.
Ele estava internado no Hospital das Clínicas até as 18h de ontem. Azevedo poderá ficar paralítico, pois o disparo acertou sua coluna.
A polícia não tem pistas dos criminosos e desconfia que o estudante tenha sido vítima de um roubo ou de uma briga.
Azevedo havia saído anteontem de casa para se encontrar com amigos nos Jardins (zona oeste). Ele mora no Jardim dos Ipês (zona sul) e seu pai é proprietário de um ônibus clandestino.
Segundo o delegado Naief Saad Neto, 41, do 15º DP (Itaim Bibi), Azevedo afirmou que estava indo para a marginal Pinheiros pegar um táxi, quando dois ou três homens se aproximaram.
"Ele disse que pensou que ia ser assaltado e saiu correndo", afirmou o delegado. Um dos homens teria sacado uma arma e atirado no rapaz, que estava usando um tênis importado.
A bala acertou a coluna do estudante. A Polícia Militar foi avisada e, como Azevedo não conseguia mover as pernas, os policiais chamaram um carro de resgate médico do Corpo de Bombeiros.
Os bombeiros levaram o estudante ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas. Os policiais militares disseram no 15º DP que não encontraram nenhuma testemunha do crime na Franz Schubert.
O 15º DP instaurou inquérito para apurar o crime. Na tarde de ontem, dois investigadores foram ao hospital e conversaram com o estudante.
A polícia pretende ouvir o depoimento de Azevedo novamente, pois ele não soube precisar diversos detalhes sobre o crime.
Na noite de ontem, os policiais deveriam ir até a Franz Schubert para tentar encontrar pessoas que tenham testemunhado o crime.
O objetivo da polícia é ter uma descrição do autor do disparo que atingiu o estudante a fim de fazer um retrato-falado do suspeito.
Segundo o delegado, estão acontecendo cada vez mais brigas entre os frequentadores das boates da rua Franz Schubert.
"São raros os assaltos, mas nós já apreendemos até taco de golfe com a garotada que frequenta essas boates", disse Saad Neto.

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