São Paulo, sexta-feira, 5 de agosto de 1994
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Teixeira diz que pagou a Receita

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, disse ontem em São Paulo que pagou as taxas relativas às mercadorias que trouxe dos EUA.
No Rio de Janeiro, a CBF informou que foram pagos R$ 34 mil à Receita Federal referentes aos impostos sobre a bagagem da seleção (leia texto abaixo).
"Já está pago desde ontem (quarta-feira)", disse Teixeira ao ser indagado se procuraria a Receita Federal para efetuar o pagamento das taxas de importação.
Segundo uma lista divulgada pela CBF, Teixeira trouxe uma sela e uma geladeira de plástico não elétrica ao retornar da Copa do Mundo, nos EUA.
O vôo que conduziu a delegação brasileira mais convidados da CBF de volta ao país continha 17 toneladas de bagagem.
A bagagem, porém, foi liberada sem passar pela alfândega. Portanto, a Receita Federal deixou de recolher as tarifas referentes aos produtos importados nela contidos.
Depois, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que todos os integrantes do vôo fossem investigados para que pagassem as taxas.
O técnico Parreira e os jogadores Branco e Bebeto foram à Receita Federal e efetuaram o pagamento referente a suas bagagens.
Ontem à tarde, foi a vez do presidente da CBF afirmar que está quite com a Receita.
Teixeira se mostrou irritado com a cobrança da imprensa em relação à bagagem da seleção. "É irrelevante o que os jornais escrevem. O que vale é o povo, que nos recebe com carinho", afirmou.
O dirigente compareceu a um almoço promovido pela Sharp num restaurante nos Jardins (zona oeste de São Paulo) para presentear os tetracampeões mundiais.
Cada jogador da seleção ganhou um televisor de 29 polegadas. O grupo todo recebeu também R$ 300 mil, ou R$ 100 mil por gol marcado na final da Copa.
O capitão da seleção, o volante Dunga, representou os jogadores. Também compareceram Zetti, Mazinho, Viola e Cafu, que apareceu no final do almoço.
Dunga entregou uma camisa da equipe brasileira ao presidente do Conselho de Administração da Sharp, Matias Machline.
Também agradeceu uma carona que o empresário deu à seleção em seu avião particular antes da partida contra o Uruguai, durante as eliminatórias da Copa.
Ao contrário de Ricardo Teixeira, os três jogadores afirmaram que não têm nada a acertar com a Receita Federal.
"Não pago nada porque não ultrapassei a cota de importação e tenho as notas fiscais de tudo o que eu trouxe", disse Mazinho.
Também o goleiro Zetti afirmou que não ultrapassou sua cota. "Minha casa está aberta à Receita Federal. Se precisar, tenho as notas fiscais de tudo", disse.
O volante Dunga, que joga no Stuttgart (Alemanha), fez coro. "Eu já moro na Europa, não preciso comprar nada no exterior", declarou o jogador.
O atacante Viola, por sua vez, disse que trouxe um aparelho de fax, alguns CDs e roupas, as quais ganhou de presente, dos EUA. "Se quiserem me chamar, podem chamar. Estou tranquilo", disse.
Em relação ao prêmio que os brasileiros ganharam, o capitão Dunga afirmou que os R$ 300 mil serão distribuídos por toda a delegação do Brasil e não apenas entre os 22 jogadores.

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