São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994 |
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PL de São Paulo culpa candidato
CARLOS MAGNO DE NARDI
Os documentos foram apresentados a Carlos Sampaio, oficial da Justiça Eleitoral que comandou uma blitz na sede do partido em São Paulo. Sampaio não quis comentar o conteúdo dos documentos. Nenhum bônus foi encontrado no local. Segundo Kassab, atas do partido em São Paulo registram a numeração de todos os bônus repassados ao diretório regional. Esses dados comprovariam que os bônus vendidos com desconto estavam em mãos da assessoria do candidato do PL à Presidência. O PL regional recebeu R$ 12,5 milhões em bônus eleitorais. Na opinião de Kassab, a venda dos bônus pela metade do preço "foi um erro do candidato ou de sua assessoria. Por isso deve haver uma rápida solução para o caso". O objetivo de Kassab ao apresentar os documentos à Justiça é isentar o partido em São Paulo. "A campanha no Estado não tem nada com a campanha de Flávio Rocha, que recebeu os bônus diretamente da executiva nacional", disse. A regional do partido em São Paulo vai propor a renúncia caso o candidato não esclareça as denúncias durante reunião nacional do partido hoje em Brasília. "Eventualmente ele pode até justificar a denúncia. Mas se tudo não ficar devidamente esclarecido, ele tem que renunciar", disse o presidente do PL em São Paulo.. Caso o candidato não renuncie, a regional do partido vai pedir que a executiva nacional do PL afaste o candidato da disputa. O afastamento do candidato depende da abertura de uma comissão interna de investigação. Rocha nega a fraude no uso dos bônus eleitorais. Afirmou anteontem que sua família pagou a diferença dos bônus comprados pela reportagem da Folha com deságio (desconto). Texto Anterior: Executiva do PL exige renúncia do candidato Próximo Texto: Tá no ar o Mauricinhogate! Índice |
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