São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994
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Wetzel volta para o azul

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Os anos 90 têm sido a década da recuperação econômica para a Wetzel, de Joinville (SC).
Passado o período de quase cinco anos em que as dívidas marcaram os resultados financeiros, a empresa saiu do vermelho em 93.
Segundo o presidente da empresa, Norberto Cubas da Silva, o faturamento bruto atingiu US$ 56 milhões, 30% mais do que em 92.
"Isso significa uma rentabilidade líquida de 10%", afirma Silva.
Formado pela Metalúrgica Wetzel S/A, Wetzel Fundição de Ferro S/A e Wetzel Tecnomecânica S/A, o grupo apostou na reformulação como forma de sair da estagnação.
A estratégia começou a ser aplicada com redução das despesas diretas e operacionais em 15% . A economia com salários foi de 20% .
A empresa chegou a ter 2.100 empregados em suas três unidades industriais (duas no centro da cidade e uma no bairro industrial).
Após o enxugamento, o número de funcionários caiu para 1.650.
Silva diz que o modelo de administração adotado pela Wetzel exigiu redução de cargos e investimentos na agilização da produção.
Ele afirma que até a diretoria foi atingida pela reestruturação. "Reduzimos de seis para dois os cargos de direção", afirma.
"As ações para atingir novamente níveis de crescimento deram resultado prático", segundo o diretor-superintendente, Eurípedes Afini Neto.
"Na área de fundição, a capacidade produtiva saltou de 800 para 1.200 toneladas/mês", diz Afini.
Na Wetzel Tecnomecânica, a produção chega a 4.000 unidades/mês. "Isso é 60% da nossa capacidade", diz Afini.
Já o setor de metalurgia trabalha com 100% da capacidade e consegue produzir 170 toneladas/mês.
O setor de autopeças e equipamentos automotivos é o principal comprador da Wetzel . Responde por 32% do que é comercializado.
Os demais são empresas da área de transmissão e distribuição de energia elétrica (24%), construção civil (16%), indústria mecânica (15%) e outros setores (13%).
A exportação representa 20% das vendas totais da Wetzel.

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