São Paulo, domingo, 7 de agosto de 1994
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Sony lança audiolivro de Paulo Coelho

ALESSANDRA BLANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O audiolivro "O Alquimista", de Paulo Coelho, chega esta semana às prateleiras pelas mãos da gravadora Sony com uma promessa: a de vender 100 mil exemplares ainda este ano.
Antes mesmo de ser lançado no Brasil, a Sony vendeu no México mais de 6.000 audiolivros de "O Alquimista" em um mês e meio.
No Brasil, a Sony já vendeu mais de 60 mil "talk books" de Lair Ribeiro desde dezembro.
A Polygram, a pioneira em audiolivros no país, não ultrapassou, desde agosto, a venda de 3.000 exemplares de cada fita.
A gerente de marketing da Polygram, Gisele Nusman, 29, acredita que os gênero deve se tornar uma "coqueluche" no Brasil "por ser uma completa novidade".
As antologias de Vinicius de Moraes, Carlos Drummond e Mário Quintana foram gravadas em LP pelos próprios autores na década de 70 e regravadas em cassete.
O audiolivro é uma saída para quem não tem tempo de ler. As histórias descritas nos livros são narradas por seus escritores em fitas-cassetes.
Para o dentista Luiz Fernando Rodrigues Inocêncio, 26, é a solução para quem não tem tempo para ler. "Comprei duas fitas de Lair Ribeiro. Ouço até no consultório".
Paulo Coelho diz que o audiolivro seria ideal para um horário em que a pessoa está se exercitando ou fazendo algum outro trabalho.
"Na fita, o escritor vai atingir o público, que deve deixar de ter medo do livro e terá curiosidade para comprá-lo."
O escritor Marcelo Rubens Paiva acredita que o audiolivro não tira a curiosidade de ler o livro.
"As pessoas têm um certo fetiche em ouvir a voz do escritor. Quem já leu o livro, vai querer ouvir o escritor gaguejar, suspirar, se emocionar".
Os livros de Paulo Coelho serão vendidos pelo telefone 1406. Os demais livros são vendidos na livraria Siciliano, lojas de disco, grandes magazines e pelo Círculo do Livro.

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