São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994 |
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Kodak lança de óculos a xampu
NELSON BLECHER
Nos próximos 15 dias começam a ser testadas na Grande São Paulo e cidades do interior do Estado as lentes para vista cansada –distúrbio conhecido por presbiopia, causado pelo envelhecimento. A exemplo do que ocorre nos EUA, os óculos para leitura estarão disponíveis tanto em lojas especializadas como nas redes de farmácias e supermercados, com preço fixado em R$ 7. A comercialização do produto sem receita médica foi liberada pelo Conselho Nacional de Saúde, em abril passado. Cartazes no ponto de venda instruirão sobre os graus indicados para variadas faixas etárias. "O potencial de mercado é estimado em 60 milhões de unidades", afirma Gilberto Galan, vice-presidente da Kodak. O público-alvo é de pessoas acima de 40 anos. Serão produzidas inicialmente 15 mil unidades mensais. Até dezembro, a novidade deverá estar presente nas prateleiras de todo o país. Os óculos de plástico figuram entre as novas linhas com que a Kodak pretende preencher a capacidade de seus equipamentos e, dessa forma, reduzir custos fixos. O mercado de máquinas fotográficas permanece estagnado em 800 mil unidades anuais desde 1991. "Apesar da diversificação, o foco principal recai sobre os produtos fotográficos tradicionais, que representam 98% dos negócios", afirma Galan. A rede Kodak Express, de pontos licenciados, saltará de 560 para mil lojas. Uma câmera digital e três novos modelos populares, além de um equipamento de exame clínico e copiadora colorida fazem parte da bateria de lançamentos. "Estamos também negociando o fornecimento de xampu para ser comercializado com a marca própria de uma importante rede de drugstores", revela. Tal como no caso das ratoeiras e dos óculos, que utilizam tecnologia e equipamentos existentes, a produção de xampu aproveitará facilidades das instalações para produtos químicos. A Kodak ainda passou a atender encomendas de peças plásticas para a Philips, Wapsa e NGK, entre 16 clientes. Uma nova divisão de serviços, batizada de Kis, opera na administração de copiadoras e outros equipamentos de imagem para grandes empresas. "É um nicho promissor". Segundo Galan, os novos produtos e serviços acrescentarão 10% ao faturamento, que foi de US$ 360 milhões em 93. "No próximo ano serão mais 15%", prevê. Próximo Texto: Crise acelera reestruturação Índice |
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