São Paulo, segunda-feira, 8 de agosto de 1994
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Romário diz que não liga para pressão do Barcelona

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

O atacante Romário disse na noite de sábado no Rio que, se for confirmada a decisão do Barcelona de vendê-lo, "alguém deve comprar" seu passe.
O jornalista espanhol Joan Patsy, assessor do técnico Johan Cruyff, afirmou no final da semana passada que o treinador "não conta mais com Romário". O passe do jogador estaria custando cerca de US$ 11 milhões.
Romário, no entanto, não acredita na possibilidade de ser vendido. "O Barcelona sabe desde o final da Copa que, independente do resultado, eu ficaria por aqui um tempo descansando", disse.
O atacante diz ter direito à 30 dias de férias. "Todos os jogadores do Barcelona tiveram 45 dias de descanso". Ele não pretende voltar à Espanha antes do dia 20.
A imprensa, segundo Romário, estaria criando uma situação inexistente. "Parte da imprensa quer denegrir a minha imagem. Tenho certeza que 80% do que está saindo nos jornais é mentira", disse.
As declarações foram dadas numa festa na Vila da Penha, no Rio, bairro onde o jogador foi criado.
A festa foi organizada por Luis Cláudio das Neves, 33, operador de áudio e "amigo de infância" do atacante. Cerca de 5.000 pessoas foram recepcionar o tetracampeão, segundo Neves.
A festa foi financiada pela indústria de cigarros Cibrasa. Durante a festa, a empresa lançou a marca de cigarros Tetra.
O ingresso simbólico custou 2 quilos de alimentos não-perecíveis, que seriam distribuídos pelo Comitê da Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria.
Romário afirmou não ter recebido cachê. Em Vitória (ES), onde participou de uma partida de futebol, recebeu cerca de US$ 50 mil.

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