São Paulo, terça-feira, 9 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Quércia fala de vitória no STJ

VINICIUS TORRES FREIRE
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de três dias, Orestes Quércia cantou a vitória no STJ em seu programa no horário eleitoral. Na sexta-feira, o Superior Tribunal de Justiça não aceitou a denúncia de estelionato contra ele no caso das importações de equipamentos pelo seu governo.
No programa da noite de ontem, Quércia disse a frase previsível para encaixar a vitória na sua campanha: "os outros candidatos podem dizer que são honestos. Eu posso afirmar que tenho honestidade comprovada".
Usou o resto do tempo para continuar a explicar o seu programa de governo, o que, aliás, poucos candidatos têm feito.
Fernando Henrique Cardoso deu a deixa, Lula (PT) aproveitou. Na semana passada, o candidato peessedebista fez uma crítica involuntária ao governo Itamar ao dizer que o atual investimento em saúde equivale a quase metade do gasto em 1989. No horário eleitoral de ontem, Lula usou os dados na apresentação do seu programa de saúde. E apresentou, mal e mal, um programa
Até agora, FHC não apresentou nem na TV nem por escrito o detalhamento do seu programa de governo. Ontem disse que é preciso melhorar a qualidade da escola, pagar melhor os professores e dar merenda para as crianças.
Afirmou que há dinheiro para isso. O problema, segundo FHC, é o desperdício da burocracia. Ele, que esteve na burocracia, não disse quanto some e nem como recuperar esses recursos.
Brizola até agora também não disse a que veio. O Plano Real é o traço de identidade negativo do pedetista.
Todos os candidatos, menos ele, estariam apoiando o real. Mas Brizola ainda não disse, positivamente, o que propõe.

Texto Anterior: Quercistas comemoram vitória do líder no STJ
Próximo Texto: Rocha defende o pai em programa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.