São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 1994
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Otimista, indústria paulista prevê vender mais com real

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Passados 45 dias da entrada em circulação da nova moeda, a maioria dos industriais de São Paulo (54%) se diz otimista em relação às perspectivas do Plano Real.
Este é o principal resultado da sondagem de opinião "Avaliação e Perspectivas do Real", realizada na última semana de julho pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Horácio Lafer Piva, diretor do Departamento de Pesquisas da Fiesp, disse que os resultados indicam que a administração do Plano Real tem sido "muito hábil".
Piva disse que o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, tem razão em insistir que os consumidores exijam a retirada da "gordura" dos preços.
"Não posso negar que houve um processo de reajuste mais do que proporcional dos preços na última semana de junho", afirmou.
Ele disse que os mecanismos de mercado estão funcionando bem, "sancionando os preços corretos", como resultado da atuação do ministro Rubens Ricupero.
A sondagem mostra que 60% das empresas registraram queda nas vendas na primeira semana do real e 22% delas, na segunda semana.
Para as próximas semanas, 53% das empresas têm a expectativa de aumento das vendas, 69% de manutenção do nível de emprego e 39% de aumento de investimento em produtividade.
A maioria das empresas (58%) espera manter, nas próximas semanas, a margem de lucro como está, 24% prevêem uma redução e apenas 7% acreditam em aumento.
Com relação à taxa de câmbio, 68% das grandes, 48% das médias e 44% das micro e pequenas empresas disseram que o atual nível poderá ser mantido por 31 a 60 dias.
Foram ouvidas 311 indústrias do Estado de São Paulo, sendo 40% micro e pequenas, 33% médias e 22% grandes empresas.

LEIA MAIS
sobre a sondagem da Fiesp à pág. 2-3

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