São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994 |
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Usineiro faz campanha dentro da prisão na PB Ele dirá que é único político preso por dever à Receita ADELSON BARBOSA
Coutinho se entregou à Justiça da Paraíba na última sexta. Ele tinha prisão preventiva decretada há seis meses, sob acusação de sonegação fiscal. A candidatura do usineiro foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral devido ao mandado de prisão. Ele recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, que o considerou elegível. Coutinho está preso no 1º Batalhão da Polícia Militar, na capital paraibana. Ele é advogado e tem direito a prisão especial. Foragido até sexta em uma cidade dos Estados Unidos, o usineiro era procurado pela Polícia Federal e pela Interpol (polícia internacional). Coutinho pretende dizer aos eleitores, no horário eleitoral de rádio e TV, que é o único político brasileiro preso por dever à Receita Federal. Segundo seu advogado, Nobel Vita, o usineiro se apresentará como vítima, dizendo que no país há desonestos e corruptos, mas somente ele foi preso "por perseguição política". "Ele dirá que, além dele, quem está preso é PC Farias, mas o empresário alagoano não é político", declarou Vita. Coutinho afirma que se entregou à Justiça porque não deve nem teme nada. "Eu não tenho dívida nenhuma. Já expliquei mais de 500 vezes que a dívida é de uma empresa da qual eu deixei de ser diretor há mais de 12 anos", disse. Texto Anterior: Veja como é feita a pesquisa Próximo Texto: FHC Índice |
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