São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994 |
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Projeto segue modelo dos EUA
LUIS HENRIQUE AMARAL
Eles possuem equipamentos antifuga como câmeras de vídeo e sensores de microondas que detectam pessoas que se aproximam do muro. Eles se diferenciam das penitenciárias –onde os presos cumprem penas– por não serem equipados para lazer (campo de esporte e pátio para banho de sol) ou para o trabalho (padaria ou fábricas). "Os presos devem permanecer aqui entre 30 e 90 dias, até serem julgados. Logo, não é necessário equipamentos para trabalho ou lazer", diz o engenheiro Nelson Mejias, que coordena o gerenciamento da obra. Os serviços de alimentação e de lavanderia serão fornecidos por empresas. As licitações para a escolha das empresas estão sendo realizadas. Os cadeiões também são equipados com detectores de metal na porta principal. Os presos poderão conversar com os visitantes através de telefones, separados por vidro. Segundo Mejias, os presos terão uma série de vantagens nos cadeiões em relação ao DPs. A principal delas é que as celas têm 25 m2 e só receberão oito presos, seguindo as recomendações internacionais. Atualmente, em alguns DPs, os presos são obrigados a dormir de pé devido à superlotação. Outra vantagem para o preso é que os cadeiões terão serviço de atendimento médico e odontológico. "Eles cuidarão dos casos de emergência. Nos DPs, os presos precisam ser levados para hospitais da rede pública", diz Mejias. Apesar de não possuírem pátios para banho de sol, parte do telhado dos cadeiões será feito de telha de policarbonato, importada dos EUA, que permite a passagem do sol. Os chuveiros, vasos sanitários e pias também foram importados dos EUA. Eles são de metal, fabricados especialmente para presídios. As peças de louça podem ser quebradas e seus pedaços usados como arma em uma rebelião de presos.(LHA) Texto Anterior: Protesto teria causado atraso Próximo Texto: Minas Gerais ; SP Litoral ; SP Interior 1 ; SP Interior 2 ; SP Interior 3 ; SP Interior 3 Índice |
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