São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994
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Mundial dá espaço a "rookies" e veteranos

CESAR GYRÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A dança dos nomes no mundial da Alemanha apresenta algumas surpresas e atiça os saudosistas do skate. Em um evento como este você pode encontrar "new rookies" (estreantes) do esporte ou se deparar com estrelas de outras épocas, como Steve Caballero e Christian Hossoi.
O street é o carro-chefe da competição, reflexo do mercado e da facilidade de se praticar –anda-se em qualquer lugar, sem equipamento de segurança e a revolução técnica do skate veio das ruas. Mais de 160 profissionais precisam mostrar serviço.
Ethan Fowler, 16, tira o troféu da mão de Wade Speyer –também estreante em Münster– e do bicampeão mundial (1990/1993) Ed Templeton.
O Mundial é a principal oportunidade de um skatista fora dos Estados Unidos se projetat para a mídia e mercado. Os brasileiros têm aí sua chance de aparecer.
Em 1989, Lincoln Ueda foi quarto na vertical naquele ano, a maior surpresa na época em que esta modalidade estava no auge. Outros brasileiros ajudaram a fazer presença, como Sérgio Negão (vert) e Cláudio Higa (freestyle –estilo livre), ambos com a décima colocação.
Em 1990 voltamos a fazer presença com Mauro "Mureta" (16º) na vertical e Leonardo "Kakinho" (16º) na street. No ano seguinte nossos destaques foram Cristiano Mateus (17º) e Marcelo Just (15º), para a "vert" e street respectivamente.
Em 93 o Brasil –não mais novidade– carimbou sua melhor participação, com Ferrugem em 10º na street e Digo em sexto na vertical. Sem contar os outros brasileiros na semifinal, que deram ao país a condição de segunda potência mundial do esporte.
Este ano Tom Boyle, da Irlanda, se destacou na vertical e ficou na frente de Digo no mundial. O australiano Tas Pappas é radicado nos EUA, com chance de competir mais e com skatistas mais técnicos como Mike Frazier e Neal hendrix (campeão e vice na vertical este ano).
Fez falta Tony Hawk, 26, que além de ser quase imbatível na vertical, também já ganhou na street (91). Criador do maior número de manobras do skate moderno (ao lado de Rodney Mullen), está "aposentado", cuidando da família e dos negócios.

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