São Paulo, terça-feira, 16 de agosto de 1994 |
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Secretaria "escondeu" lista
DA REPORTAGEM LOCAL A Secretaria de Abastecimento ficou 13 dias sem revelar os nomes que constavam da lista de produtos supostamente contaminados. Dia 31 de julho a secretaria publicou comunicado nos jornais afirmando que a Vigilância Sanitária havia detectado "problemas gravíssimos" em vários produtos.A Semab dava prazo de 60 dias às empresas para regularizarem sua situação, caso contrário, divulgariam as marcas com problemas. No dia 2 de agosto, o secretário Waldemar Costa Filho afirmou que foram pesquisados mais de cem produtos e 69% estavam contaminados, os piores casos seriam do arroz, feijão, farinha e carne. A divulgação dos nomes ocorreu na sexta-feira, dia 12. Foram analisados 290 produtos, 71 estavam em desacordo, 24,48%. Apenas seis marcas de arroz apresentaram problemas e nenhuma de feijão. Quanto à farinha, a mudança da legislação que agora permite 75 fragmentos de insetos em 50 gramas de farinha, tornou todas as marcas de acordo com a lei. Técnicos do Instituto Adolfo Lutz afirmaram ontem que a contaminação dos produtos pode ter ocorrido não só na fabricação, mas também nos postos de venda. A aflatoxina, que pode causar câncer no fígado e foi encontrada no amendoim Chiang, é produzida pelo fungo Aspergillus flauvus apenas na presença de umidade. Segundo a bióloga Myoko Jakabi, do departamento de microbiologia alimentar do Instituto Adolfo Lutz, o Staphylococcus aureus (encontrada na linguiça Florentina), que provoca infecção alimentar, se multiplica com o calor. Já mesófilas, coliformes fecais, pêlos e bolores (encontrados nos outros alimentos) indicam falta de higiene. Segundo Myoko, quando a quantidade desses elementos é elevada, o consumidor percebe. Texto Anterior: Prefeitura desiste de notificar fabricantes Próximo Texto: Imagem dos ônibus piora com privatização da CMTC Índice |
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