São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 1994
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Cadastro recebe 200 telefonemas em 2 dias

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 200 pessoas telefonaram nos dois últimos dias ao cadastro de doadores de medula da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo. A maioria disse estar interessada em candidatar-se como doador.
O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea começou a funcionar oficialmente ontem. É o primeiro cadastro deste tipo na América Latina.
Segundo Dalton Chamone, coordenador do programa de transplante da fundação, o cadastro deverá reduzir muito o número de pessoas que morrem à espera de uma medula compatível.
Para ser doador, o voluntário precisa ter boa saúde e idade entre 18 e 60 anos. O cadastro registra seus dados e características genéticas. Quando um doente necessitar de transplante, os médicos acionarão o banco em busca de um doador ideal.
Neste tipo de transplante, retira-se do doador apenas uma parte da medula óssea, que fica no interior dos ossos. Em poucas semanas, a medula se refaz.
A retirada é feita sob anestesia de um osso da bacia. O doador tem alta no dia seguinte. Dentro de poucos meses, a doação poderá ser feita em ambulatório, sem necessidade de internação.
Necessitam de transplante pacientes que sofrem de leucemia, anemia aplástica grave e outras doenças tumorais. O uso do transplante de medula tende a se ampliar. Segundo Chamone, este poderá ser o caminho mais curto na cura de outros cânceres.
Informações sobre o cadastro de doadores de medula podem ser obtidas pelo tel. (011) 851-5544, ramais 292 e 324.

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