São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 1994
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Nova análise não constata contaminação em alimentos

DA REPORTAGEM LOCAL

As duas primeiras empresas que pediram à prefeitura uma segunda análise de seus produtos considerados "contaminados" pela Secretaria de Abastecimento receberam ontem um novo resultado que não aponta contaminação.
As empresas responsáveis pelas marcas de arroz Butuí e Requinte pediram uma nova análise de seus produtos acompanhada por técnicos da própria empresa após a divulgação, pela prefeitura, de uma lista de 71 produtos supostamente contaminados.
O resultado saiu ontem às 15h. Não foram encontradas irregularidades. De acordo com o diretor da divisão de epidemiologia da Vigilância Sanitária, Marcio Corrado, as marcas Butuí e Requinte estão próprias para o consumo e devem ser retiradas da lista hoje.
Outras seis empresas pediram ontem à Vigilância Sanitária novas análises de seus produtos –água mineral Sarandi, óleo de soja Nutrioleo, azeitona em conserva Malagena, ervilha e cenoura em conserva Etti, salame Salamanca e coco ralado Sococo.
O supermercado Dias Pastorinho também pediu novas análises do biscoito wafer Tostines, sal refinado Ita, torradas de gluten Bi-tost, D'Aosta e Van Mill.
O representante em São Paulo da Cooperativa Agrícola de Imembuy (RS), que vende o arroz Butuí, Paulo Pereira, disse que as vendas do seu produto, que movimentam US$ 1 milhão por mês, caíram 50% desde a divulgação da lista.
Pereira diz que a prefeitura usou um laudo de janeiro de 94 para colocar seu produto na lista de contaminados. Neste laudo teria sido constatado um caruncho vivo em um saco de cinco quilos de arroz.
A empresa Genésio Ceolin, que produz o arroz Requinte, estuda a hipótese de processar a prefeitura.
A Abia (Associação Brasileira da Indústria Alimentícia) contesta a lista porque a coleta de amostras não seguiu orientações legais e porque há laudos de 93 e 94.
O secretário de Abastecimento, Waldemar Costa Filho, disse ontem que os produtos sofreram nova análise dez dias antes da lista ser divulgada. Perguntado sobre porque não passou os últimos laudos às empresas, o secretário disse que responderá na próxima semana.

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