São Paulo, sábado, 20 de agosto de 1994
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Franco nega ter dado 'entrevista'

DENISE MADUENO; GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Gustavo Franco, disse ontem à Folha, às 20h30, que está "chocado com essa maluquice que saiu do comitê" do candidato FHC.
Franco afirmou que desautoriza "totalmente" o que foi divulgado pelo comitê.
Ao ser perguntado se teria dito que Lula poderia estar planejando algo "a la Collor", o diretor afirmou que não. Acrescentou que "o PT não seria doido para isso".
À noite, Gustavo Franco divulgou uma nota na qual diz ter sido surpreendido com "o teor da matéria divulgada pelo comitê.
Na nota, Franco diz: "Como membro do PSDB, nada me impede de manter o relacionamento com pessoas do partido". Afirma ainda que suas opiniões pessoais "não podem ser utilizadas como material de campanha política".
O diretor finaliza a nota dizendo que repudia, "veementemente, a iniciativa da divulgação da matéria creditada à Agência Free Press".
Franco, 38, é um dos membros da equipe do Ministério da Fazenda mais afinados com a candidatura Fernando Henrique Cardoso.
Ligado ao PSDB, ele planejava ser candidato a deputado federal pela legenda.
Abandonou a idéia no ano passado, quando foi elaborado o esboço do que viria a ser o Plano Real.
Franco ganhou projeção na equipe formada por FHC no núcleo econômico do governo.
Especialista em terapias antiinflação, é apontado como o "pai da URV" no governo.
Em um eventual governo FHC, Franco teria um lugar assegurado, apostam assessores próximos ao candidato. É cogitado para a presidência do Banco Central.

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