São Paulo, sábado, 20 de agosto de 1994
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PM do Acre admite tortura em prisão

MANUEL CAVALHEIRO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RIO BRANCO

O Comandante da Polícia Militar do Acre, coronel Jair Thomaz, 48, admitiu ontem a prática de tortura na colônia penal Francisco d'Oliveira Conde, em Rio Branco.
O Ministério Público determinou ontem a abertura de um novo Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a violência no presídio.
A guarda do presídio é acusada de torturar 25 detentos. O comandante disse que não há dúvida sobre a ocorrência das torturas, ocorridas depois de uma tentativa de fuga frustrada em 31 de maio.
O IPM sobre este caso inclui sete denúncias posteriores e deve ser concluído na próxima semana.
O segundo IPM, que a Procuradoria de Justiça do Estado solicitou anteontem, refere-se a denúncias de que seis detentos teriam sido espancados depois de um princípio de rebelião em 15 de agosto, cuja causa foi a falta de comida.
O IPM sobre os 25 presos torturados há três meses contém exames de corpo de delito e fotos.
As fotos, expostas na Universidade Federal do Acre a partir de segunda-feira, mostram presos com hematomas e escoriações.
O comandante Thomaz afirmou que tem "todo interesse" em que os culpados sejam condenados.

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