São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994 |
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Candidatos se armaram para guerra
CLÓVIS ROSSI
Lula queria demonstrar que FHC, como ministro, cortara as verbas. FHC se preparara para dizer o contrário. Lula aproveitou a sua primeira pergunta para um outro candidato e tentou usar Brizola como escada. "O que o sr. acha do Fundo Social de Emergência (criação de FHC), que tirou dinheiro da saúde?", quis saber. Brizola, esperto, preferiu fazer o seu tipo favorito, o de inimigo da "crosta colonial que aí está". Lula, na sua réplica, insistiu. Aí, foi a vez de FHC perguntar a Brizola e, depois, aproveitar a réplica para dizer que as verbas para saúde aumentaram. "O resto é demagogia", disparou. No intervalo, Aloizio Mercadante, o vice de Lula, festejava: "O Fernando Henrique mordeu a isca". A estratégia do PT era a de voltar ao assunto. Não deu certo. O tema saúde não mais ressurgiu para desapontamento de Lula e dos petistas. Cada candidato tratou de fixar a imagem que gostaria de passar ao público. A saber: FHC: Homem que fez a estabilização da economia contra os que "falam, falam, mas não fazem". Lula: O inimigo das "elites dirigentes incompetentes" e dos "coronéis" cercariam FHC. Brizola: O inimigo da "crosta colonial". Quércia: O homem experiente e capaz de tomar decisões na comparação com "um governo que não tem definição". Amin: O voto dos que perderam o medo, já que, pelos seus cálculos, já não há o risco de Lula ganhar no primeiro turno e talvez nem passe para o segundo. Texto Anterior: FHC Próximo Texto: SOBE-DESCE Índice |
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