São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994 |
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Fotógrafo, mas vive de vento
ANA BEN PEDROSO Filho de um crítico de arte e de uma física nuclear, Guilherme von Schmidt largou a faculdade de biologia para servir o Exército. Virou aventureiro. Sua última proeza foi participar da pioneira travessia Miami-Ilha Bela em barquinhos hobbie cat (no destaque).Quatro tripulantes que se revezam nas duas embarcações saíram dos EUA em 24 de fevereiro e querem chegar ao litoral paulista até o fim do ano. Schmidt deixou o grupo em junho, na Venezuela. A expedição segue por rio, já passou pela Colômbia, está na Amazônia. Depois, sai, pelo Pará, para o Atlântico. Schmidt, 32, é fotógrafo e velejador. Não é a primeira vez que se arrisca: em 83, saiu da Bahia e passou dois anos velejando pelo mundo. A viagem Miami-Ilha Bela é um desafio: "Esse tipo de barco não tem cabine, é feito para velejar na praia", diz. Mas ele achava que tudo seria muito mais difícil –tanto é que pretende voltar a se juntar ao grupo no Nordeste. "Na maioria dos lugares as pessoas foram ótimas." Houve períodos críticos: uma travessia de Grand Turks até República Dominicana, que deveria ser feita em 20 horas, demorou dois dias, por falta de vento. No Caribe, o grupo jantou de graça em dos hotéis mais caros. Na Venezuela, dormiram sobre palafitas, em uma aldeia indígena. "Em Porto Rico, fomos assaltados e ficamos sem roupas." Histórias desse tipo devem virar livro, devidamente ilustradas. -Ana Ban Pedroso Texto Anterior: Prefeito ecológico visita cidade-irmã Próximo Texto: O encontro dos viajantes franceses Índice |
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