São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Comitês de juventude fazem festa e panfletagem

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

Que tal passar horas sob sol forte entregando panfletos e, de vez em quando, ouvir um desaforo –ou uma cantada?
Programão de índio, certo? Errado. Pelo menos para os cabos eleitorais que invadem as ruas em tempos de campanha.
Só a Juventude do PMDB de São Paulo diz ter 300 mil filiados. Segundo o presidente da organização Rogélio Barchetti, 29, um terço participa ativamente.
Segundo a Juventude do PSDB de São Paulo, seus filiados somam 1.500.
A maioria dos partidos possui cabos eleitorais pagos, mas os membros da juventude são voluntários. As alas jovens dos partidos trabalham na organização de eventos que vão da tradicional panfletagem até festas em boates.
Neste ano, o trabalho nas semanas que antecedem a votação deve ser mais forte. A boca-de-urna no dia da eleição está proibida.
A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 8 e 9 de agosto, mostrava os candidatos Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, empatados com 35% das intenções de voto dos jovens entre 16 e 24 anos. FHC lidera entre todo o eleitorado.
Em seguida vêm Orestes Quércia (PMDB) e Leonel Brizola (PDT), com 6% cada. Enéas (Prona) tinha 3% e Esperidião Amin (PPR), 2%. O almirante Fortuna (PSC) ficou com zero.
Os últimos números do Tribunal Superior Eleitoral são de 93 e mostram que eleitores com 16 e 17 anos são 3,22 milhões.
O total de eleitores no país até 93 era 90,25 milhões. Para esta eleição, o TSE estima em 100 milhões o número de pessoas aptas a votar. Em São Paulo, há 327 mil eleitores com menos de 18 anos. Para eles, o voto é facultativo.

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