São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994
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Presidente da CBF mostra Taça Fifa na Bolsa do Rio

Teixeira diz que nova comissão técnica sai em uma semana

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, expôs ontem a Taça Fifa, conquistada pela seleção na Copa dos EUA, por seis horas, na Bolsa de Valores do Rio.
Teixeira foi homenageado pela direção da Bolsa e foi com a taça. Ele disse que ela é a original da Fifa e não uma cópia. A taça pesa três quilos e é quase toda de ouro maciço e foi avaliada em US$ 300 mil.
A taça será devolvida à Fifa em dezembro de 1997, quando acontecerá o soprteio dos grupos da Copa do Mundo da França, que será disputada em 98.
Na ocasião, a CBF receberá uma réplica, como a que recebeu a federação alemã, cuja seleção venceu a Copa de 90.
Segundo ele, a nova comissão técnica da seleção será anunciada numa semana. "Já temos 90% definido, em conversas minhas com Zagalo e com Américo Faria (supervisor da CBF)".
Além de Zagalo e Faria, está certo o massagista Nocaute Jack. O preparador-físico deve ser Luís Carlos Prima e o treinador de goleiros, Wendell.
O cargo de coordenador técnico desaparece. "Esta é uma função que só Zagalo poderia fazer", afirmou.
Teixeira acusou ontem o ex-secretário da Receita Federal Osiris Lopes Filho de ter "armado" o episódio da liberação da bagagem da seleção brasileira.
"Não sei com que interesse, mas o ex-secretário armou aquilo. A bagagem poderia ter sido vistoriada em Recife ou em Brasília, onde ficamos sete horas. Não foi só falta de organização, não", disse Teixeira.
Lopes Filho acusou Teixeira de usar os jogadores como massa de manobra para que a bagagem dos passageiros do avião da seleção fosse liberada. Após a polêmica, foram pagos US$ 50 mil em taxas.
"Falaram até em US$ 1 milhão. Só se tivéssemos trazido o equivalente a 25 Mercedes Benz", declarou.
Acrescentou que, seis dias antes da volta, a CBF pediu à Receita e à Infreaero, por fax, que preparassem a fiscalização.

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