São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 1994
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Polícia de SP quer intercâmbio com EUA para combate às drogas

AMAURY RIBEIRO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Melvyn Levitsky, disse ontem durante o 1º Congresso Brasileiro Sobre o Abuso de Drogas, na Faculdade de Ciência Médicas, em Belo Horizonte (MG), que o sucesso da estabilização econômica no Brasil pode reforçar o tráfico de drogas.
"Infeliz e ironicamente, a crescente estabilidade econômica do Brasil, com uma moeda mais forte, pode tornar o país um mercado de drogas mais lucrativo para os traficantes", disse Levitsky.
Segundo ele, "os traficantes não teriam gastos para transportar sua mercadoria para localidades distantes nem o risco de perdê-las no caminho para os Estados Unidos ou para a Europa".
Ele afirmou que, desde 88, quando foi aprovada a lei de abuso antidrogas, o governo dos Estados Unidos gastou mais de US$ 68 bilhões por ano no combate ao tráfico.
O diretor do Denarc (Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos) de São Paulo, George Henry Millard, defendeu a troca de experiência entre as polícias estaduais e as de outros países.
"Atualmente, o protocolo de cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos só beneficia a Polícia Federal. Necessitamos que as verbas originadas deste protocolo sejam usadas também por polícias estaduais", afirmou.
Segundo Millad, com estes recursos os policiais poderiam viajar para outros países para trocar experiências. "O combate à droga é universal. Temos que saber o que está acontecendo lá fora para agirmos aqui", disse.

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