São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Museu guarda tela milionária de Van Gogh

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em 1887, o pintor Vincent Van Gogh (1853-1890) pensou seriamente em morar no Japão, "onde o sol é mais intenso".
Ele escrevia ao irmão Theo que "até sair da Holanda nunca soube que havia sol". Mas Van Gogh jamais realizou o sonho de visitar o país do sol nascente.
O pintor não foi, mas sua obra sim, com atraso de um século. Seu famoso quadro "Os Girassóis", de 1889, que os japoneses chamam de "himawari", foi arrematado no leilão da Christie's, de Londres, em 1987.
A Companhia Seguradora Yasuda Kasai por US$ 39,9 milhões levou o quadro para o seu museu particular.
Hoje centenas de visitantes congestionam diariamente os elevadores que levam ao 42º andar do edifício da seguradora, no bairro de Shinjuku, em Tóquio.
Os seguranças proibem fotografias. Mas podem ser adquiriridas réplicas em vários tamanhos, a preços que variam entre US$ 35 e US$ 1.000.
Nos dois primeiros anos em que foi exposta ao público, a tela foi vista por mais de 500 mil pessoas.
Esse "Os Girassóis" é o último de uma série de sete que Van Gogh pintou em Arles, para oferecer a seu amigo Gaughin.
Ao concluí-lo, em 1889, há pouco havia decepado sua própria orelha e indícios de loucura se agravaram, levando-o a se internar numa clínica em Saint Rémy.
Demonstrando bom gosto para as artes, o museu expõe também obras de Gaughin (L'Allée des Alyscamps, de 1888), Cézanne (Pommes et Serviette, de 1880) e de Auguste Renoir (A banhista, de 1892-1893, e Jeune Fille au Chapeau, de 1910).
O museu abre de terça a domingo, das 9h30 às 17h. Ingressos custam de US$ 2 a US$ 5, tel. (03) 3349-3081.

Texto Anterior: Kyoto é terra das gueixas e de fantasias
Próximo Texto: Castelo mostra como vivia "shogun"
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.