São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 1994 |
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Dupla viaja dos EUA a Ilhabela em veleiros
ANDRÉ LOZANO
Eles saíram em 24 de fevereiro de Miami (EUA) e pretendem chegar a Ilhabela (SP) em dezembro. Sulzbacher e Pandiani acham que a aventura pode entrar para o Guiness Book (o livro dos recordes). Segundo eles, dificilmente essa distância (cerca de 12 mil km) será percorrida por barcos do porte dos seus –catamarãs sem cabine. Para realizar a viagem, Pandiani vendeu sua parte da casa noturna Aeroanta, em São Paulo. Sulzbacher largou seu emprego de publicitário. "Até a namorada eu perdi", disse Pandiani. A primeira parada da dupla foi na ilha Binimi (Caribe), a cerca de 90 km de Miami. Depois, Sulzbacher e Pandiani velejaram aproximadamente 5.630 km no mar das Antilhas. "Nós escolhemos as ilhas menos turísticas. Mas tivemos surpresas como Saint Bartheleny. Não imaginávamos que uma ilha tão desconhecida abrigasse tantos milionários franceses e as mulheres mais lindas do mundo– todas tomando sol nuas", disse Pandiani. Sulzbacher e Pandiani procuravam velejar durante o dia, mas devido ao atraso na saída de Miami eles tiveram de passar algumas noites viajando. Foi em uma travessia noturna que os velejadores passaram o maior perigo da aventura. Eles iam das ilhas Turks e Caicos para a República Dominicana quando o barco de Pandiani encostou em uma placa de corais e começou a encher de água. Ele ficou para trás e os dois velejadores se perderam. Eles foram se reencontrar no dia seguinte, a cerca de 60 km da República Dominicana. Há 15 dias, Sulzbacher e Pandiani entraram no Brasil pelo rio Negro, no norte do Amazonas. Antes, eles cortaram o território venezuelano pelo rio Orinoco. A primeira cidade brasileira visitada pelos velejadores foi Cucuí (AM). Lá, eles deixaram a água para escalar o Pico da Neblina. Depois eles seguiram para Manaus. Na quarta-feira, eles devem partir para Belém. Nos rios amazonenses Sulzbacher e Pandiani tiveram de usar motores de popa em razão da falta de vento. Os velejadores estão comendo refeições desidratadas. Eles levam também um desalinizador, um aparelho que torna potável a água do mar. Sulzbacher disse que a travessia não se trata apenas de uma aventura, mas de "um projeto de marketing". "Nós pretendemos lançar um livro de fotos, um vídeo e um livro do diário de bordo", afirmou o velejador. O projeto foi patrocinado pela Semp Toshiba e pelo cartão de crédito Sollo. Segundo Sulzbacher, a viagem custou US$ 450 mil. Texto Anterior: Fracassa tentativa de acordo entre ministros Próximo Texto: Evento discute plano decenal de educação Índice |
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