São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 1994 |
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Fogo destrói 50% de reserva em Campos
CLÁUDIA CHAPIER; ISNAR TELES
O fogo começou na noite de sábado e até as 18h de ontem já havia queimado aproximadamente 500 mil m2 da vegetação, o equivalente a 50 campos de futebol. O Corpo de Bombeiros de Campos do Jordão identificou oito focos de incêndio no parque, quatro em áreas de reflorestamento (pinus) e quatro em campos naturais. O fogo destruiu parte da reserva de araucária do parque, a única na região serrana do Estado, e parte da vegetação da reserva da Mata Atlântica. O Parque Estadual de Campos do Jordão é o mais antigo sob proteção do Estado. Fundado em 1941, o parque possui uma área aproximada de 8.430 hectares incluindo as áreas de reflorestamento. Os focos ficam próximos à estrada do Paiol, que liga Campos a Itajubá (MG). Desde as 8h30 de anteontem, cem pessoas, entre soldados do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e o Exército trabalhavam para controlar o fogo. No final da tarde de ontem, o fogo já havia sido controlado, mas não havia previsão de quando seria totalmente apagado. "As árvores que foram danificadas serão vendidas como matéria-prima para fábricas de papel", afirmou o presidente da Defesa Civil de Campos, Elias Vidal de Souza França. As causas do incêndio ainda estão sendo analisadas pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros. O administrador do parque, João Evangelista de Melo Neto, 39, disse ontem à Folha que o incêndio pode ter sido provocado intencionalmente. "Um incêndio nestas proporções não é causado por uma simples ponta de cigarro. É um ato criminoso", afirmou. Segundo Melo Neto, esse foi o segundo maior incêndio que aconteceu no parque. No ano passado, o fogo queimou aproximadamente 200 mil m2 do horto. Cláudia Chapier e Isnar Teles Texto Anterior: Pesquisa traça perfil de médicos Próximo Texto: Dupla viaja dos EUA a Ilhabela em veleiros Índice |
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