São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 1994 |
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Ex-assessor faz nova acusação contra Covas
DA REPORTAGEM LOCAL O arquiteto Ruy Carlos Pessoa Ramos afirmou ontem ter presenciado o secretário de Saneamento do governo federal, Antonio Perosa, entregar US$ 35 mil ao escritório político do candidato a governador pelo PSDB, Mário Covas.A afirmação de Ramos foi feita em depoimento à Corregedoria Eleitoral de São Paulo, que iniciou investigação sobre denúncia de irregularidades financeiras na campanha de Covas. A operação, disse Ramos, teria ocorrido há dois meses em São Paulo. Na semana passada, o arquiteto acusou a campanha tucana de usufruir recursos irregulares da empresa Tejofran, de Antonio Dias Felipe, amigo de Covas. A denúncia foi apresentada no comitê do candidato a governador pelo PP, Luiz Antônio de Medeiros. Segundo Ramos, ex-integrante da campanha de Covas, a rede Tigrão emitiria notas fiscais frias para a Tejofran. A empresa repassava cheques no valor correspondente às notas para Sebastião Farias, secretário particular de Covas. Em Brasília, o secretário Antonio Perosa, que foi indicado para o cargo por Covas, negou a afirmação e disse não manter nenhuma relação com a campanha tucana. Perosa não soube dizer se esteve no escritório de Covas há dois meses. "Sou amigo de Covas e faço visitas constantes", disse. Covas não quis comentar a afirmação de Ramos. No depoimento, Ramos disse ter desenvolvido projetos habitacionais para sindicatos ligados à Força Sindical, criada por Medeiros, através do sindicalista Marcos Cará. Cará, amigo de Medeiros, disse que trabalhou na campanha Covas até a semana passada, quando passou a ser acusado de "traição" pelos tucanos. Ele disse que fazia parte do comitê sindical. Texto Anterior: Governo lança emendão após 1º turno Próximo Texto: Bancada do PT quer influir na campanha Índice |
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