São Paulo, sábado, 3 de setembro de 1994 |
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Candidatos se unem para ataques a Covas
CARLOS MAGNO DE NARDI
A acusação de irregularidades financeiras na campanha tucana, revelada pela Folha na semana passada, permeou todo o debate. Em sua primeira fala, Medeiros acusou a assessoria de Covas de chantagem. Segundo Medeiros, o tucano teria ameaçado divulgar um depoimento gravado com acusações contra a sua candidatura. Essa fita mostraria que o candidato do PP teria denunciado sindicalistas no início da década de 70. Covas nega a afirmação. Em toda oportunidade que tinha para falar, Medeiros retomava a discussão. Em resposta a uma pergunta sobre suas propostas para o Baneser, o candidato do PP voltou ao assunto. "Se o seu assessor abrir as contas e a Justiça não encontrar nenhuma irregularidade, eu retiro a minha candidatura", disse. Covas não esclareceu se pretende determinar a abertura das contas de Farias. "O ônus da prova cabe a quem denuncia", disse. O tucano tentou interromper as discussões e repetiu, seguidas vezes, que não voltaria a falar sobre o assunto. Incitado pelo candidato do PP, porém, ele retomava as discussões. No início de uma de suas respostas, Covas voltou-se para uma das câmeras e disse: "O telespectador há de entender que eu não tenho sangue de barata". O candidato também foi atacado por ter se coligado ao PFL e ao PTB para disputar as eleições e por suas faltas em sessões no Senado. "Não posso negar que, até agora, a situação nas pesquisas tem sido muito favorável; tão favorável que na hora da gente debater são sete dando paulada num só", disse o tucano ao final do debate. O índice de 48% dos votos daria a Covas vitória no primeiro turno. O tucano diz acreditar que as denúncias não terão reflexo em sua campanha. O consenso entre assessores e convidados ao final do debate, porém, era que as denúncias prejudicaram tanto Covas quanto Medeiros. Texto Anterior: Quércia diz que quer negociar com Lula Próximo Texto: PT armou caso Carville, dizem tucanos Índice |
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