São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994 |
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Marketing e seguro engatinham
DANIEL PIZA
O caso de São Paulo mais uma vez é exemplar. Começa pela simples inserção visual do museu na cidade. A Pinacoteca do Estado, por exemplo, até há pouco quase ninguém sabia que era "aquele prédio antigo ao lado da estação da Luz", na avenida Tiradentes. "Depois que começamos a usar bandeiras coloridas lá fora para divulgar as exposições, o público aumentou consideravelmente", diz o diretor do Departamento de Museus e Arquivos (Dema) da Secretaria da Cultura do Estado, Carlos Perrone. O mesmo não acontece com o Museu de Arte Sacra, do outro lado da avenida –e com sua coleção preciosa de barroco brasileiro. De alguns mal se sabe a existência: quem já foi à Galeria das Moedas, na avenida Paulista, ou já ouviu falar da Casa Guilherme de Almeida, na rua Macapá? Seguro Outra defasagem da administração pública da cultura brasileira é sua legislação sobre seguro de arte. O presidente da agência de publicidade McCann-Erickson do Brasil, o dinamarquês Jens Olesen, que realiza exposições de arte pelo mundo inteiro, disse à Folha que esse é o grande empecilho quando se quer trazer exposições para cá. O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, não revê as leis sobre seguro de arte no Brasil desde 1978. A informação foi dada à Folha pelo especialista Horácio d'Almeida e Silva, da Santos Seguradora. Um exemplo de atraso citado pelo especialista é que, pela legislação brasileira, o seguro de arte não cobre negligências –como o ar-condicionado do local onde está a obra ser desligado. "Em termos de leis de seguro de arte no país, vamos ter de recomeçar do zero", diz. (DP) Texto Anterior: Poder prefere criar a conservar museus Próximo Texto: Municipalização não inclui SP Índice |
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