São Paulo, quinta-feira, 8 de setembro de 1994
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Fogo atinge 25 hectares de parque em São Paulo

DA FOLHA VALE *

Um incêndio iniciado ontem de manhã destruiu uma área de 25 hectares de mata no Parque Estadual de Campos do Jordão. O local está interditado.
A área atingida é equivalente a 25 campos de futebol. Toda a área atingida é de mata nativa. Segundo os bombeiros, até as 17h de ontem o fogo estava sob controle.
Esse é o segundo incêndio de grandes proporções no parque de Campos do Jordão (175 km a nordeste de São Paulo) em menos de duas semanas.
No último dia 29, o fogo destruiu cerca de 960 mil m2 de áreas de mata atlântica e reservas de araucárias e reflorestamento.
O administrador do parque, João Evangelista de Mello Neto, suspeita que o incêndio tenha sido criminoso. A polícia instaurou inquérito.
O incêndio de ontem começou perto da sede do parque e de uma área reservada a residências. Uma garagem, usada para estoque de combustível, foi isolada para evitar uma explosão.
Desde a manhã, mais de 50 homens do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil trabalham no local. Um helicóptero da Defesa Civil fez sobrevôos para passar às equipes as dimensões do incêndio.
O fogo está sendo controlado com chicotes feitos de lona e aceiros (valas abertas no solo para impedir que o fogo se alastre).
O Parque Estadual de Campos do Jordão é o mais antigo do país. Ele possui uma área aproximada de 8.340 hectares.
Centro-Oeste
A Sanemat (Empresa de Saneamento de Mato Grosso) reduziu em 7% a distribuição de água em Cuiabá (MT), por causa do baixo nível das águas no rio Cuiabá, a principal fonte de captação de água da empresa.
Segundo Domingo Iglesias, coordenador da Defesa Civil Estadual, a lâmina d'água do rio estava ontem com 16 cm. É a marca mais baixa registrada neste século.
O diretor de Operações da Sanemat, João Bastos de Pinho Filho, 43, disse que nível o rio está 79 cm abaixo do mínimo previsto pelo projeto de captação de Cuiabá, devido à seca que atinge a região.
Ele afirmou que o nível d'água está 12 cm abaixo do nível registrado no mesmo período de 93.
Pinho Filho disse que a Sanemat está fazendo um rodízio na distribuição de água em Cuiabá e Várzea Grande.
"A situação ainda está sob controle", declarou. Ele disse acreditar que não deve demorar para chover na região. A última chuva no Mato Grosso ocorreu em junho.
No Pantanal, em Corumbá (426 km a oeste de Campo Grande, MS), a seca está provocando mortandade de peixes nas lagoas formadas pelas enchentes. Não chove há 27 dias no Estado.
* Colaborou a Agência Folha, em Campo Grande.

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