São Paulo, sexta-feira, 9 de setembro de 1994 |
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Coleta da prefeitura mistura todo lixo reciclável
CAROLINA CHAGAS
"É o fim da picada", afirmou o administrador de empresas Eduardo Muszkat, 33, que denunciou a operação à Folha. A reportagem flagrou ontem a mistura do lixo recolhido dos contêineres da praça Rotary, em Santa Cecília (centro). "Todo o trabalho que fazemos em casa é em vão", disse. Segundo Bruno Cervone, 58, diretor da Divisão de Compostagem e Coleta Seletiva da Limpurb, a separação é feita por funcionários da prefeitura nas esteiras do centro de triagem. "Esse processo é muito caro e não temos um caminhão para recolher cada tipo de lixo", afirmou. Segundo ele, foram encomendados 200 sacos de náilon para substituir os que ficam dentro do contêiner e possibilitar que o lixo depositado pelos moradores seja transportado separadamente. Esse material ainda não chegou e Cervone não sabe precisar a data de chegada. Às 10h30 de ontem um caminhão de coleta seletiva da prefeitura estacionou ao lado dos contêineres da praça Rotary –localizada no cruzamento da rua General Jardim com a rua Vila Nova. Um funcionário que se identificou como Oscar desceu do caminhão, abriu o contêiner e começou a esvaziar os quatro sacos de náilon branco. Com a ajuda do motorista, e do guincho munk do caminhão, o funcionário derramou o conteúdo do saco de vidro, depois do de plástico, de papel e finalmente o de metais na caçamba do caminhão. "Não recebemos nenhuma orientação especial quando saímos para recolher o lixo", disse Oscar. "Nos mandam pegar tudo e despejar no caminhão. Na verdade, eu não entendo para que toda essa frescurada de saquinhos." Texto Anterior: Recife prende 6º estrangeiro com cocaína Próximo Texto: Reedição da MP de mensalidade causa confusão Índice |
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