São Paulo, sexta-feira, 9 de setembro de 1994
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Fazenda recebe hoje propostas da Receita

FIDEO MIYA
DA REPORTAGEM LOCAL

O coordenador de tributação da Receita Federal, Aristófanes Fontoura de Holanda, informou ontem à noite que a proposta de mudança no cálculo do IOF das aplicações financeiras será submetida hoje à aprovação do ministro Ciro Gomes, da Fazenda.
Ele confirmou que a fórmula montada pela Receita leva em conta as variáveis ganho real (taxa de juros versus a inflação medida pela Ufir) e prazo das aplicações, de tal forma o limite do IOF sobre o rendimento bruto é definido em função da carga tributária total (soma do IR e do IOF).
O objetivo da proposta da Receita, segundo Holanda, é "evitar a influência da variável tributária na decisão do investidor por um ou outro tipo de aplicação".
Um dos procedimentos que se quer evitar com a fórmula são as aplicações feitas no final de mês nos fundos de curto prazo para resgates nos primeiros dias do mês seguinte, que se beneficiam com a virada mensal da Ufir.
Se a correção da Ufir ficar muito próxima ou até acima do rendimento da aplicação, a incidência do IR sobre o ganho real é mínima ou nula. Neste caso, o IR menor será compensado por uma alíquota maior do IOF, caso a fórmula seja aprovada pelo novo ministro.
"O que está se buscando é o máximo de neutralidade fiscal", disse Holanda.
Ele explicou que, na fórmula, as aplicações são distribuídas por faixas de prazos –até 5 dias, de 6 a 10, de 11 a 15, de 16 a 20, de 21 a 25, de 26 a 30 e acima de 30 dias.

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