São Paulo, sexta-feira, 9 de setembro de 1994
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Primeiro ministro italiano interveio por GP

DO ENVIADO A MONZA

Primeiro-ministro italiano interveio por GP
Um verdadeiro complô foi armado na Itália para que o GP do domingo ocorresse.
Ele chegou a ser cancelado pela FIA e retomado após intervenção do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Toda a confusão começou quando a GPDA (Associação dos Pilotos) exigiu modificações no circuito, de alta velocidade.
No circuito, já morreram três pilotos: o alemão Wolfgang von Trips, em 1961 (morreram também 13 espectadores), o austríaco Jochen Rindt, em 1970, e o sueco Ronnie Peterson, em 1978.
Na reforma, seriam podadas mais de mais de 500 árvores, chamadas 'quercias'. O caso ganhou as páginas dos jornais depois que grupos ecologistas fizeram pressão sobre o governo da Lombardia.
As 'quercias' eram protegidas por leis ambientais e de patrimônio histórico. O assunto foi para a esfera federal, mas a solução não foi encontrada.
Só após a FIA ameaçar com o cancelamento do GP é que as partes chegaram a um acordo: apenas sete árvores seriam derrubadas.
Para Christian Fittipaldi, um dos representantes da GPDA, os pilotos acabaram perdendo. "Ainda não analisei as reformas, mas, com certeza, estão muito aquém do que exigimos", declarou.
Duas modificações de pista foram feitas. A curva grande ganhou um traçado de raio menor. Na segunda curva Lesmo, o ângulo ficou mais agudo, baixando a velocidade do trecho.
No final das contas, mais do que sete 'quercias' caíram e ninguém, nem os ecologistas, se pronunciou. A imprensa italiana fez vista grossa, em nome do GP.

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