São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994 |
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Cúpula do Rio condena bloqueio a Cuba
OSCAR PILAGALLO
O texto –uma página, separada da declaração oficial– busca numa conciliadora retórica diplomática um consenso que não existe entre os 14 chefes de Estado que integram o grupo. A redação final foi concluída pelos chanceleres às 2h da manhã de sábado. Às 11h, pouco antes da solenidade de encerramento, os presidentes ainda estavam reunidos a portas fechadas para aprová-lo. O documento reafirma a autodeterminação de Cuba, mas enfatiza valores democráticos. É uma opinião vaga o suficiente para que todos pudessem endossá-la. Dessa maneira, não se condicionou o fim do embargo comercial à realização de eleições livres, que é o que os Estados Unidos queriam. O Grupo do Rio também divulgou um documento breve sobre a questão do Haiti. Há um apelo para que os militares deixem o governo. A maneira de se atingir esse objetivo, no entanto, é a via diplomática e não a invasão. O documento não faz referência à Resolução 940 da Onu, que autoriza a intervenção no Haiti. A declaração oficial do Grupo do Rio é uma tentativa de pautar a Cúpula das Américas, a reunião dos países da OEA que o presidente Clinton convocou para dezembro em Miami. Em 24 parágrafos, o documento enfatiza a necessidade de investimentos em projetos de desenvolvimento. O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, levou ontem o seu apoio ao presidente do México, Carlos Salinas, candidato à presidência da Organização Mundial de Comércio. Texto Anterior: Water Way foi criada com capital de US$ 8 mil Próximo Texto: O que é a Cúpula das Américas Índice |
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